08-EternityTodos os seres humanos temem a morte porque, desde a mais tenra idade, nos foi colocado uma aura de mistério à sua volta, onde o horror é o que nos aguarda o final da vida material! 

Felizmente, a plenitude da vida está acima de quaisquer horrores,  porque a essência da vida está sedimentada sobre o Espírito, o qual é imortal. 

Os cientistas pesquisam de forma incansável a continuidade da vida, porém, como na ciência a razão impera, se deparam com uma incógnita: o que acontece no pós-morte?

Esse horror paira na maioria dos seres e se exacerba quando se perde um ente querido. As lembranças durante um longo período de tempo se fazem presentes, nunca entendendo a naturalidade do final de algo que, um dia, teve um início. 

“Tudo o quanto tem princípio terá fim”, máxima dos ensinamentos ocultos, porém, sendo o espírito uma partícula de Deus, também é Eterno, porque o Criador não teve um princípio, portanto jamais terá um fim.

Entendo o desespero que queda diante da morte, onde todos têm a certeza de que padecerão, porque o sistema religioso imposto à maioria, determinou para os bons, o céu, e para os maus, o inferno. 

Todos, sem exceção, sofrem, porque todos os que vivem na matéria (segundo a determinação religiosa) são pecadores, e para atingirem a plenitude, não podem cometer pecados. Que ironia atroz! Os líderes religiosos, aqueles que determinam os que serão salvos pós-morte, igualmente temem o dia final, porque eles sabem que diariamente, também, cometem pecados. 

O Ocultismo apregoa uma forma diferente de se encarar a vida, onde o espírito e a matéria vivem em equilíbrio. Tem a certeza de que a vida física é a dádiva dada por Deus para se moldar o Espírito para voltar à Casa Eterna. 

Os erros que cometemos nada mais são que uma forma de se aprender como fazer de maneira correta. É evidente que todo desvio do padrão estipulado redunda em falta, e a falta exige reparação e toda reparação está atrelada a fazer com que o ser se conscientize do erro cometido e não o cometa mais. 

O viver é sublime quando se tem a certeza de que a vida não se encerra no túmulo. A vida é eterna, somente a matéria (corpo) morre, portanto, o conceito de céu e inferno é algo deprimente, que priva a liberdade do ser… 

O respeito ao sagrado e sua Lei, tem que ser de livre e espontânea vontade (exercendo a dádiva sagrada que é o livre-arbítrio). De nada adianta se revestir com uma túnica de santidade, mas o interior permanecer com os hábitos do velho homem da Terra. 

As múltiplas vidas em diversas encarnações, nada mais são que aprendizados para se galgar um nível superior no espiral evolutivo. 

O ciclo da reencarnação é a “Dádiva de Deus” para que possamos corrigir as faltas e aprimorar o caminho para uma vida muito melhor. 

Aproveitemos, então, a grande oportunidade que a Mais Alta Inteligência nos concedeu, vivendo plenamente o aqui e o agora na certeza de que a evolução espiritual é algo que se conquista a cada dia.

Rabah Hashy’Hayan