imageNBCUma célebre frase de Pascal “O coração tem razões que a própria razão desconhece” – pode estar perdendo seu poder a partir das pesquisas conduzidas pela antropóloga americana Helen Fisher, da Rutgers University, e abordadas na revista Human Nature. Estudiosa do acasalamento entre mamíferos, e recusando-se a aceitar que apenas o mistério “explicasse” uma das mais importantes áreas da vida humana, Helen decodificou três ingredientes básicos no amor.

O primeiro deles é o desejo sexual, a vontade natural de praticar o sexo que nos leva a procurar um(a) parceiro(a), geralmente impelida por hormônios.

A atração, ou paixão, serve como elemento selecionador do parceiro e aparentemente, representa uma resposta química a alguém que preenche um determinado modelo que cada pessoa vai construindo em seu subconsciente desde a infância – é o que explica o amor à primeira vista, lembra Helen.

Por fim, o afeto, o sentimento de paz e tranquilidade conquistado após uma convivência de longa data com o parceiro – responde pela manutenção dos laços entre o casal enquanto este cria sua prole. Em geral o afeto se dissolve quatro anos após o início da relação, num período em que as crianças pré-históricas já eram mais auto-suficientes e podiam ser cuidadas apenas pelas mães.

Helen Fisher observa que a existência do afeto não impede o surgimento das outras duas características, separadas ou conjugadas. Essa mistura de fatores pode acarretar muita turbulência à vida pessoal e familiar do indivíduo que vive tal situação; como lembra a antropóloga, mais de 25% dos homicídios envolvem esposos, amantes ou rivais sexuais.

Entender mais sobre o amor pode salvar vidas e preservar psicologicamente as pessoas? Helen é positiva a esse respeito: “Se chegarmos a conhecer a sua fisiologia”, diz ela, “talvez possamos ajudar pessoas que estão realmente sofrendo de rejeição amorosa”.

E você, querido internauta, qual a sua opinião?
 

Fonte: Revista Planeta, 307
filipeta
reprog amor