Quando você ama totalmente, quando você se reconhece no outro da maneira mais profunda, tanto o tempo quanto o espaço são absolutamente irrelevantes, pois não há um ‘você’ separado que ame ou não ame.
Mesmo quando o corpo para de funcionar, mesmo quando a respiração para, mesmo diante daquilo que chamamos ‘morte’, este amor além do tempo nunca muda, nunca desaparece, nunca enfraquece.
Então o que entendemos da palavra ‘amor’?
É amor, um pensamento, um sentimento, uma sensação, um agradável estado temporário ou uma experiência fugaz?
Bem, todas estas aparições vêm e vão, e tudo àquilo a que a palavra ‘amor’ aponta não vem nem vai, não desaparece e não aparece para você de determinada forma.
O amor é outra palavra para a consciência que você é antes de forma – aquilo que você verdadeiramente é, na essência, que vai além de sua história, além do tempo e do espaço.
No reconhecimento de que Eu Sou aquilo que você é, resta o entendimento de que não há tempo e espaço ‘entre’ nós, pois na verdade não existe um ‘nós’ perante o todo, nem um ‘entre’ – e a realidade que se revela é muito íntima para se poder ‘falar sobre’.
Caro amigo, você nunca veio, você nunca partiu.
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Todas as palavras entram em colapso dentro deste imortal silêncio.
Jeff Foster