Natanael Filho

A mente humana grava e executa tudo que lhe é enviado, sejam através de palavras, pensamentos ou atos, seus ou de terceiros, sejam estes atos positivos ou negativos, basta que você os aceite.

Essa ação sempre acontecerá independentemente de sua vontade e pode proporcionar ou não resultados positivos para você. Um cientista de Phoenix – Arizona queria provar essa teoria e precisava de um voluntário que chegasse às últimas consequências.

Conseguiu um em uma penitenciaria, era um condenado à morte que seria executado na penitenciária de St Louis no estado de Missouri onde existe pena de morte executada em cadeira elétrica. Propôs a ele o seguinte: ele participaria de uma experiência científica na qual seria feito um pequeno corte em seu pulso, o suficiente para gotejar o seu sangue até a última o fim. Ele teria uma chance de sobreviver caso o sangue coagulasse e se isso acontecesse, ele seria libertado; caso contrário, ele iria falecer pela perda do sangue, porém teria uma morte sem sofrimento e sem dor. O condenado aceitou, pois era preferível desta forma a morrer na cadeira elétrica.

O condenado foi então colocado em uma cama alta, dessas de hospital, tendo seu corpo imobilizado. Fizeram um pequeno corte em seu pulso e embaixo do pulso foi colocada uma pequena vasilha de alumínio. Disseram a ele que ele ouviria o gotejar de seu sangue na vasilha. O corte foi superficial e não atingiu nenhuma artéria ou veia sendo o suficiente para ele sentisse que seu pulso fora cortado. Sem que ele soubesse, debaixo da cama havia um frasco de soro com uma pequena válvula, ao cortarem o pulso abriram a válvula do frasco para que ele acreditasse que o som do gotejamento era o sangue dele que estava caindo na vasilha de alumínio (quando na verdade era o soro do frasco). De 10 em 10 minutos, o cientista, sem que o condenado visse, fechava um pouco a válvula do frasco e o gotejamento diminuía. O condenado acreditava que era seu sangue que estava diminuindo e com o passar do tempo ele foi perdendo a cor e ficando cada vez mais pálido. Quando o cientista fechou por completo a válvula o condenado teve uma parada cardíaca e faleceu sem ter perdido sequer uma gota de sangue.

O cientista conseguiu provar que a mente humana cumpre, ao pé da letra, tudo que lhe é enviado e aceito pelo seu hospedeiro, seja algo positivo ou negativo e que sua ação envolve todo o organismo tanto na parte orgânica ou psíquica.

Essa história é um alerta para filtramos o que enviamos para nossa mente, pois ela não distingue o real da fantasia ou o certo do errado, ela simplesmente grava e cumpre o que lhe é enviado.

“Quem pensa em fracassar, já fracassou mesmo antes de tentar”.

Esta história, apesar de seu fim trágico e inalterado para o preso, demonstra claramente a necessidade de criarmos um filtro protetor a estas invasões externas. Os primeiros ouvintes de tudo o que falamos somos nós mesmos e isso ocorre até quando apenas pensamos em algo que está por vir. Não se trata apenas de falar coisas boas, mas de pensar também. Mesmo que você seja cético sobre este assunto, você deve considerar que há um desgaste emocional quando antevemos apenas situações perigosas, difíceis ou conturbadas.

Pense na seguinte situação onde você tem uma pessoa X conhecida ou da família que está bem doente e internada. O telefone toca tarde da noite e ao atender você reconhece a voz de uma pessoa Y da família que tem relação direta com X. Qual será o seu primeiro pensamento? Certamente que X piorou ou até se foi, certo? Por que isso acontece? Por que sempre somos levados a pensar no pior?

Esta mesma ligação poderia ser para informar de uma melhora ou até para se organizarem para uma visita ao enfermo no dia seguinte, porém o que normalmente acontece é pensarmos no pior.

Nas empresas é comum ficarmos sobressaltados quando o chefe que, não está de “cara muito boa”, nos chama para sua sala. Normalmente nos encaminhamos muito desconfiados (principalmente se estamos atrasados com alguma tarefa) e com pensamentos mil tentando descobrir como “o homem” está. Pode ser que ele esteja apenas nos chamando para informar que não está bem e que precisa de nossa ajuda em alguma tarefa naquele dia, mas este pensamento bom sequer passa pela nossa cabeça.

Este estado de alerta constante para situações negativas é o grande responsável por ansiedade, estresse, dores no corpo e alterações emocionais que nos tiram a saúde, o bom humor e a motivação. Devemos nos programar e nos condicionar a não dar valor a estas situações no nosso dia a dia para que a nossa mente não nos conduza a reações desnecessárias ou impróprias quando diante de um debate ou quando pressionados por uma necessidade emergente.

Os nossos ouvidos e o nosso cérebro são os primeiros a ouvirem tudo o que falamos e pensamos e isso ocorre em uma fração de segundos.

Já vi um funcionário, coberto de razão, iniciar um debate caloroso (discussão) por estar em estado de alerta “negativo” e interpretar mal uma pergunta em tom de brincadeira e puramente amistosa. A resposta dada ao seu chefe foi considerada inadequada e imprópria para a ocasião (diante de vários colegas de trabalho) e resultou em uma advertência verbal.

Então, o que fazer? Como agir?

1- Manter a calma é sempre o princípio de tudo e dá sustentação às decisões mais acertadas. Nunca tome decisões quando estiver nervoso. Saia da situação e retorne quando a poeira estiver baixa e haja com calma.
2- Respire profunda e calmamente para oxigenar seu cérebro e fazer com que as idéias surjam mais facilmente. Reduzir os batimentos cardíacos e “alimentar” a sua CPU tem grande valor nestes momentos
3- Evite trazer para discussão assuntos antigos e mantenha o foco na situação atual. Desligue-se temporariamente do passado e não deixe que a situação te leve de volta no tempo trazendo assuntos que não estejam ligados ao atual.
4- Mantenha sempre o controle da situação por mais que ela pareça estar fora de controle. Há casos em que não podemos fazer nada: um amigo ou parente está na sala de cirurgia, neste caso apenas os médicos podem resolver o problema no campo físico.
5- Busque focar em uma nova solução. No caso do preso, foi dada a opção de “morrer lentamente e sem dor” (primeiro pensamento) ou não morrer e ser solto caso o sangue coagulasse (pensamento correto ou pensamento lateral – ver postagem neste blog sobre este assunto). Ele erroneamente optou pela sua morte quando deixou de pensar em uma possível solução para sobreviver.
6- Busque ajuda com a pessoa certa para os problemas que podem ser resolvidos. Para aqueles problemas que não se tem controle, deixe com quem de direito para encontrar a solução.
7- Proteja-se de pessoas e conversas negativas, pois elas somente te deixam ainda mais enfraquecido sugando sua energia. Livre-se delas.

Enfim, o pensamento e a atitude positivos trazem para seu corpo e mente uma sensação agradável de conforto e bem-estar que vão te permitir relaxar e tomar decisões baseadas em fatos e não apenas em emoções. Certamente não é fácil sair de uma situação destas de conflito ou quando nos sentimos pressionados pelo tempo, pela sobrevivência ou pelos resultados, mas se começarmos a praticar um pouco a cada dia, a nossa mente vai agradecer.