Vivemos numa grande teia.
Inconscientes, confusos, presos a ilusões causadas pela névoa que nos cerca.
Mas continuamos sendo luz. Pontos de luz, interligados na Grande Teia.
Unidos por fios finos, quase invisíveis, que nos torna todos partes do grande organismo vivo: O Universo.
Como as células inconscientes do TODO que somos nós. Como nós que permanecemos inconscientes da PARTE que são nossas células.
Assim somos nós e o TODO que é esse grande universo vivo.
Ele é a Teia. Que abriga e ensina as partes. Que é formado e aprende com as partes. Nós somos os pontos de luz. Nossos pensamentos geram energia. Nossos sentimentos geram energia. Nossos aprendizados geram energia. Nossas dores geram energia.
Essa energia é compartilhada por todos nós. Pontos de luz interligados na Grande Teia.
O que direcionamos em forma de pensamentos e símbolos é o que chamamos de Magia. A magia corre pelos fios que nos ligam a todos. Por isso nunca sabemos exatamente como algo vai funcionar, porque não sabemos exatamente por quantos pontos de luz ela passará até atingir o seu objetivo. A única forma da magia não funcionar é ela não sair de sua origem.
A magia modifica a realidade da Teia. A nossa realidade. Atinge à todos os organismos vivos, porque todos somos UM, interdependentes, interligados. E infelizmente, inconscientes.
Somos a luz entre os espelhos que nos confundem. Somos a luz que ilumina as estrelas, que ilumina a lua, a luz que parece vir do sol. Somos o nada do buraco negro. Somos o vão entre dois grãos de areia. Somos o suspiro que existe entre dois suspiros. Somos o ínfimo espaço entre a matéria e a ilusão da realidade.
Somos o sol, a lua, o mar, a noite e as estrelas. Somos o minúsculo e a vastidão. Somos a dor, a negação e a fome.
Somos a soma de nossas dores e de nossos aprendizados.
O individualismo é uma ilusão. A separação nos engana. Os corpos materiais nos enganam.
Acreditamos estar sozinhos, quando estamos unidos no grande Cosmos. Quando somos todos partes interligadas de uma única grande existência.
A sincronicidade é a nossa ligação se mostrando. As profecias, as visões, os oráculos… são nossos acessos à realidade do Todo. Por segundos, em transe, somos capazes de ver o destino do outro, mas não percebemos que o outro também somos nós.
Vemos parte da realidade, vemos parte da vida, porque não enxergamos os fios prateados que nos ligam, que fazem do outro, não o outro em si, mas nós mesmos.
Estamos cegos. Olhamos a luz e achamos que ela vem de fora. Estamos recobertos pelas névoas que não nos deixam ver quem realmente somos e do que somos feitos. A névoa nos impede de enxergar os fios prateados, impede que vejamos a Grande Teia. A névoa nos confunde, cria imagens irreais de separação, discórdia e diferenças.
Impede que vejamos a nós no outro. E o outro em nós. Somos feitos de luz, partes do Todo, mas cegos para essa luz.
Na Grande Teia, estamos todos unidos. Cada pequena ação atinge a todos. Através da Teia alcançamos os Deuses. Através da Teia aprendemos o que não nos foi ensinado. Através da Teia somos capazes de amar. Através da Teia a grande Magia existe. Na Teia os oráculos encontram sua função e seu caminho para os outros pontos de luz.
Assim enxergamos além. Assim lembramos do que não vivemos. Assim a empatia se faz. Assim nosso contato com os Deuses se dá e nossos rituais fazem sentido.
Estamos todos unidos. Criatura e criação. Ying e Yang. Caça e caçador. A Teia engloba Tudo.
A Teia é Tudo.
A Grande Teia somos Nós.
Nós somos os pontos de Luz na Grande Teia.
Somos maiores do que um. Somos maiores do que nós mesmos. Somos o Universo.
Fonte: Janela para a alma