imageU5U“O maior bem que podeis fazer a humanidade
é a vossa própria auto realização.”

Ramana Maharishi

Todos os homens da Terra neste tempo, vivem a oportunidade de cumprir uma grande tarefa. Os eternos buscadores de luz, em sua grande maioria, ainda não compreendem os acontecimentos que regem os mundos, mas, mesmo assim tudo acontece conforme está previsto e será alterado na medida em que cada indivíduo, tomar consciência de que é ele quem cria sua própria realidade e pode mudá-la sempre que quiser, conforme a lei de livre arbítrio. Esta é a grande chave para este momento, pois o final de ciclo permite que uma janela de oportunidades se abra para alterar a rota dos acontecimentos.

A grande maioria das pessoas está muito ansiosa tentando saber qual a missão que veio realizar. Algumas vivem em função disso, abandonando a profissão, o lar e sua própria vida pensando estar em algum outro lugar esta tão importante missão. Desorientadas tornam-se presas fáceis dos embustes mágicos, viajam na inconsciência da ilusão, apegando-se na perseguição de um mestre que lhes diga o que realmente fazem aqui. Estes que assim agem ainda estão presos ao aprendizado do cair e levantar, que faz parte da evolução planetária.

A verdadeira missão não está de forma alguma ligada a algo que se possa fazer externamente mas acima disto. É o despertar da consciência do auto alinhamento de si mesmo onde a soberba e a prepotência precisam ser transformados em humildade e simplicidade, afinal todos os seres humanos estão aqui encarnados para aprenderem lições semelhantes. Se alguém acredita que está aqui para apenas ensinar e nada aprender, está demonstrando uma desarmonia em seus campos de energia. E assim todas as pessoas são partes integrantes no cumprimento de uma grande e única tarefa: realinhar sua própria individualidade à fonte doadora de vida.

Muito mais do que preocupações com o mundo exterior e seus sistemas de controle, é necessário manter a unidade dentro, consciente de que a meta, o propósito único é a auto realização. Portanto façamos apenas a parte que nos cabe dedicando especial atenção cada qual a si mesmo, a sua própria vida e sobrevivência humana, ousando quebrar os vínculos de dor que arrastam todos os seres ao sofrimento. Foi-se o tempo em que a barbárie era necessária para conquistar o mundo. Nos dias atuais em plena era de Aquários, tentar mudar o mundo impondo formas de controle é desperdício de energia, tanto quanto preocupar-se em abrir a cabeça das demais pessoas porque acreditamos que aquilo que é bom para si mesmo, também o é para os outros. Sejamos responsáveis começando por aceitar a opinião, os sentimentos e as sensações alheias sem interferir nas crenças pessoais dos outros!… Não estamos aqui para catequizar, nem impor verdades mas para unir todas as manifestações existentes sejam elas religiosas, místicas ou sociais. Desde que o mundo existe os indivíduos crescem, se expandem e evoluem quando compactuam exemplos vivos. O maior ensinamento é em princípio, transmitido pelo exemplo, e somente assimilado quando a pessoa procura por sua livre vontade estudar a experiência. Enquanto isso não acontece é no espelho do outro que enxergamos o que ainda precisamos transformar!…

A primeira lei básica da vida é o respeito, portanto porque não permitir que cada indivíduo encontre seu próprio caminho, a partir daquilo que julga ser a verdade? Canalizemos a nossa criatividade para juntos mudarmos o mundo a partir da reforma íntima. Estejamos abertos para isso porque certamente quando nos for pedido ajuda corresponderemos de forma consciente, ajudando sem interferir, no aprendizado de quem realmente necessita. Freqüentemente incorre-se na invasão dos limites quando prestamos serviços voluntários, ao confundir as verdadeiras manifestações de amor com ideais utópicos. Evitemos tirar a oportunidade do crescimento alheio, sabendo que a verdadeira ajuda é aquela que dá a vara para pescar o peixe.

A espécie humana está oprimida pela violência, pelo medo, pelo controle e manipulação, e isto é fato incontestável, mas também dar muita atenção a isso é compactuar com as cadeias de ilusão, assim chamado “sistema”. Esta é a maior e mais astuta forma de controle, desviar a atenção do caminho interior, impedindo que o indivíduo humano abra o portal de passagem, ou seja, que saia da ilusão para viver o real onde a liberdade se expressa integralmente sem fronteiras. Estejamos atentos para compreender e não apoiar, evitando levar adiante esta vibração, que coloca o indivíduo a mercê do inconsciente coletivo, que é o resultado da vivência humana da dor, sofrimento, medo, culpa e controle.

A consciência de massa está viciada nestes padrões e se movimenta alienada porque foi ensinada e aceita não fazer nada contra isso, todos acreditam que não são capazes de romper com as cadeias de domínio. Portanto é sábia a reflexão de que espalhar aos quatro ventos notícias, imagens e mensagens deste tipo de vibração, alimentam ainda mais esta força, engrandecendo o medo que mobiliza e turva a visão do real, colocando a espécie humana presa fácil da manipulação. Será que o homem é tão incapaz? Ousemos crer que cada um de nós é capaz de quebrar esta ilusão! A forma mais fácil para isso é começar pela auto-crítica consciente, descobrindo onde estão as auto limitações. Pode-se ter certeza de que só está na mente de quem acredita nisso!…

O que cada qual sabe sobre si mesmo? Quando perdemos alguma coisa o que realmente se perde? Quando o corpo doe, coça, arde, sente frio ou calor, chora ou ri o que ele está querendo dizer? É possível que as respostas sejam inexpressivas, racionais ou até mesmo não existirão para tal formulação, simplesmente porque sabemos tudo do mundo lá fora, do vizinho que veste-se assim ou assado, que às vezes expõe o corpo nu ou assume a personalidade homossexual, briga ou fica doente, se é submetido ao ridículo e escrutínio da sociedade, não importa qual situação, quase sempre ao ouvirmos a desgraça alheia, ficamos felizes ou com medo… Se escondemos um sorriso de contentamento, certamente comentamos, coitado! viu só no que deu?…Estamos sempre ansiosos em saber o que está acontecendo com o mundo lá fora, julgando silenciosamente porque aquela pessoa ousou ser ou agir diferente!… Ficamos muito revoltados com isso, porque os que ousam ser diferentes são os que dão o grito de liberdade rompendo as amarras da ilusão!…

Estes que assim agem, incomodam e preocupam, são os espelhos refletores daquilo que não temos coragem de ser, ou até mesmo do que escondemos!… No fundo queremos mudar mas não conseguimos, estamos com medo de ser confundidos com os loucos ou então de deixar o comodismo do “status” ao qual estamos acostumado. Quando alguém invade nossos espaços então, freqüentemente acusamos em pensamentos ou palavras ditas às escondidas, porque nos fez perder algo seja emocional, espiritual ou até mesmo material. Perder? Afinal perde-se o que? Nada além de nada!… Ampliar a visão e olhar em outro ângulo é ver a possibilidade de aprender sobre desapego e tomar consciência de que a realidade de cada um é diferente e deve ser respeitada!… Simplesmente, é o crescimento interior, pois ninguém tem nada a ver com aquilo que se é ou se faz. Será que nestes momentos nos damos conta de como estamos agindo? Afinal não somos nós que pregamos o amor incondicional? Deste jeito? Alardeando as coisas do alheio, sendo instrumentos da discórdia?

Quando o corpo adoece seja com disfunção orgânica, ou entra em estados depressivos quase sempre culpamos o alimento que ingerimos, a fase de TPM ou da menopausa, o estresse, o tempo que está frio, chuvoso ou calor demais, a poluição ambiental e até mesmo o médico que não acertou com a medicação, ou então o dinheiro que acabou porque o governo não toma providências, é a camada de ozônio, as queimadas, e um monte de desculpas, até mesmo o “guru” que não corresponde à expectativa. Afinal culpar o externo é o comum da vida, alguém tem que responder por isso, pois estamos viciados ao comodismo de empurrar a responsabilidade ao alheio, para não assumir integralmente o que realmente somos. Temos ainda uma enorme dificuldade em aceitar que os fatores externos são os agentes da liberação das mudanças que precisamos fazer na consciência.

Qual a função de uma notícia inesperada chegar aos nossos ouvidos? Numa visão mais ampla é evidenciar em nós mesmos os sentimentos que precisam ser reconhecidos e transformados, sejam eles quais forem, porque retidos e negados jamais deixarão de nos perturbar e assombrar. Saber o caminho é bem diferente de percorrê-lo!…

Os indivíduos humanos são oceanos de conflitos mentais, pois a mente qual um computador, trabalha em cima de imagens velhas e distorcidas pelas regras, fórmulas e padrões que aceitamos ou que cremos ser a verdade. Sobre essas imagens criamos fantasias, formulamos sonhos, construímos expectativas e com certeza nos frustarmos, quando nos deparamos com a realidade da vida que não condiz com aquilo que planejamos. Para o corpo adoecer seja psíquica ou fisicamente é um pulo rápido porque abrimos nossas defesas, não reagimos, nos entregando a ilusão da dor, quebrando o ciclo de resistência. É dessa forma que vivemos, todos empurrados naquilo que julgamos ser compatível com a natureza humana. Será que tem de ser assim mesmo? Será que estamos aqui para sofrer desse jeito, aceitando e fazendo parte do jogo de guerra e paz, alardeando pânico, violência e fome sustentando a energia de miséria e degradação da raça humana? Que espécie de consciência é essa que fecha os olhos para si mesma e fomenta a inquietude nos corações humanos? Que masoquismo ou será controle ?

Não é possível aceitar tal afirmação, podemos mudar tudo sim, abrindo a porta de passagem que cada indivíduo é em si mesmo. Devemos ousar e manifestar a grandiosa mudança de paradigma, vivendo a partir da realidade do corpo físico, é ele que reage, sente, grita, paralisa, chora ou ri, entrando em catarse quase sempre explodindo energia em todos os níveis. Ele se movimenta indicando caminhos de aventura para o mundo das idéias, interagindo com todas as coisas, pessoas e circunstâncias. É somente nele que podemos chegar a real compreensão de tudo. Somos seres puramente mentais e brincamos com essa fonte de energia o tempo todo, precisamos apenas recordar que podemos, a partir disso, alterar a rota dos acontecimentos. Portanto devemos agora tomar consciência de que nada que venha de fora será mais importante do que as sensações do corpo físico. Deixemos vibrar todos os sentimentos com coragem, sentindo a vida com alegria intensa tirando de cada momento difícil o melhor ensinamento. Vamos juntos criar um novo mundo, penetrar num outro universo, a partir do corpo, reconhecendo-o, tocando todas as partes, pulando, dançando, ativando a energia que está estagnada nos cantos, acordando o metabolismo, pois as glândulas são a chave mais importante na manutenção de vida orgânica. Quanto mais indivíduos acordarem para esta realidade a de ser feliz a partir de si mesmo, de seu próprio potencial, maiores serão as chances de mudar a rota dos acontecimentos no mundo. A energia de controle se extinguirá na medida em que deixar de ser sustentada.

Este é um convite especial, façamos parte da corrente de consciência universal dos seres que estão aqui para serem felizes e que jamais, em momento algum, desviam o olhar da meta a ser conquistada, a liberdade, que não virá de forma alguma pela luta, mas pela entrega pacífica, pois ela está somente além das fronteiras que cada um de nós se impõe. Usemos todas as ferramentas que estão a disposição, mas evitemos transformá-las em bengalas ou dogmas. Todos estamos navegando no mesmo oceano, vamos para o mesmo lugar, a diferença está em que alguns navegam seus barcos contra a correnteza e outros fluem com ela. Alguns se detém no caminho, para olhar como os outros navegam e podem, se não forem muito firmes no objetivo, perderem-se na tempestade. Para aqueles que já esgotaram seus aprendizados no mar das ilusões, o chamado neste momento, é trabalhar pela lei do menor esforço evitando desperdício de energia. Galguemos o salto quântico de consciência sem esgotamento, entregando-nos com alegria aos bons ventos que vem do Leste, onde a iluminação espera silente, aqueles que corajosamente ousam quebrar o encantamento do sonho. Iluminar-se é ser consciente da realidade em que se vive dentro do contexto universal, ou seja “Eu sou parte do todo assim como o todo é parte de mim.” Façamos o melhor rindo e cantando como crianças despretensiosas correndo as campinas floridas para brincar com as borboletas. Olhemos os lírios do campo, sorvendo o perfume e a beleza do propósito que somente os mestres conhecem e servem. Assim estaremos mais próximos da fonte/luz para atuar com sabedoria, aproveitando os ensinamentos da Terra como ferramentas que nos ajudam desenvolver a alma que docemente funde-se ao espírito da verdade.
 
 

Marizilda Lopes – Extrema-MG – Escritora, terapeuta holística, canal da Hierarquia da Luz. Trabalha com canalizações, sem vínculos a grupos, filosofias ou credos. Autora de vários livros ( “Operação Resgate”, ” Asas para a Liberdade” e “Emagreça com Sabedoria”), ministra cursos e realiza workshops por todo o Brasil.
Fone: (11) 9343-1638 site: astroterapia.hypermart.net

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