Rabi Shimon bar Yochai
(80, Israel – 80, Saft, Israel, 160)
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imageMRDRabino Shimon é o autor da obra cabalística clássica, 
o Sagrado Zohar ( “Livro do Esplendor”), 
publicado pela primeira vez em 1558. Transcrito por seu aluno R ‘Abba, o Zohar estabelece as bases e os princípios fundamentais do misticismo e contém, muitas vezes de forma enigmática, os mais profundos segredos cósmicos. 

 Um acadêmico extraordinário, capaz de realizar incríveis milagres, ele é lembrado por sua maestria em revelar as dimensões ocultas da Torá. 

Tido por muitos como o Codificador da Kaballah

~ 80CE: Shimon nasce em Israel um pouco depois da destruição do Segundo Templo (67CE). 

~  Quando jovem estudou na prestigiosa academia Yavneh, fundado pelo rabino Yochanan ben Zakkai.  

~ Tornou-se um discípulo tão proeminente do Rabi Akiva que este o chamava de “meu filho”. 

~ Devido à perseguição contra os judeus liderada pelo imperador romano Adriano, Shimon foi condenado à morte por desafiar o governo. Por isto foi forçado a fugir, indo esconder-se em uma caverna durante treze anos juntamente com seu filho, Elazar ben Shimon, onde eles estudaram o Torá dia e noite.  

~  Uma alfarrobeira e uma fonte de água fresca surgiram milagrosamente na entrada da caverna e eles foram por les sustentados até a morte do imperador ocasião em que o decreto foi anulado. 

~ Uma vez livre, ele estabeleceu uma academia na cidade de Tecoa, onde reuniu os maiores estudiosos da Tora, incluindo o Rabino Yehudah Hanassi que compilou a Mishná. 

 ~ 160CE: Morreu num vilarejo perto de Sfat, Israel. Em Lag Baômer (dia da 33 ª da contagem do Omer), dia de sua morte, milhares de judeus fazem uma peregrinação ao seu túmulo onde oram.  

Tumba de  Rashbi

~ Há também uma tradição de acender fogueiras em sua homenagem neste dia.

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Texto: The Meaningful Life Center

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Uma passagem da vida de Shimon

 

Rabi Shimon bar Yochai, que viveu no 2º século da EC na Terra Santa, provavelmente foi o homem mais sagrado que já viveu. Além de escrever o Zohar, ser mestre na Torá Oral e fazer milagres, ele foi um dos poucos judeus na história a passar o tempo todo estudando Torá; nada de conversas informais, pausas para o café e com certeza nada de férias – somente Torá.
Portanto todos ficaram surpresos quando, no dia após Rosh Hashaná, ele apareceu à porta da casa dos seus sobrinhos e começou a explicar a eles a importância de fazer caridade aos pobres. Embora eles na verdade não tivessem dinheiro sobrando e não entendessem a urgência daquilo que ele estava falando, escutaram atentamente. Quando Rabi Shimon falava, todos ouviam.

“Doem com a mão aberta” – insistiu Rabi Shimon. “Não se preocupem com o amanhã, D’us proverá. E o mais importante: anotem tudo. Cada centavo que doarem, anotem e levem a lista com vocês o tempo todo. Quero ver uma soma grande ao final do ano.”

Rabi Shimon os fez prometer e então partiu.

Quase um ano depois eles tiveram outra visita estranha – um grupo de soldados romanos com uma ordem de prisão. Alguém os acusara de vender seda sem pagar a taxa devida ao governo. Eles protestaram inocência, mas foi em vão.
Tremendo de medo, foram levados à prisão, onde lhes foi dada uma chance de escolher: ou pagavam a multa escorchante de seiscentos dinares ou produziam uma veste de seda absurdamente cara para o rei; as duas opções estavam além dos seus meios. 

Quando Rabi Shimon soube do que tinha acontecido, foi imediatamente até a prisão e conseguiu uma licença especial para visitar seus parentes. 

“Onde estão as anotações da caridade que fizeram? perguntou.

Quanto vocês doaram?

Aqui está, responderam, enquanto um deles tirava do bolso um pequeno pergaminho.’

Rabi Shimon pegou a conta e percebeu que o total doado por eles chegava quase a seiscentos dinares, faltando apenas seis para completar aquela quantia. “Vocês têm algum dinheiro aqui?” ele perguntou.

Apresentaram seis dinares que tinham costurado dentro das roupas no caso de precisarem. Rabi Shimon pegou o dinheiro, deu aos guardas, as acusações foram retiradas e eles voltaram livres para casa.

Rabi Shimon explicou-lhes então o que acontecera. “No último Rosh Hashaná eu cochilei e sonhei que o governo exigiria de vocês a soma de seiscentos dinares. É por isso que lhes disse para fazer caridade, para anular o decreto.”

Então por que não nos contou sobre o sonho? reclamaram eles. Teríamos dado o dinheiro imediatamente e poupado muito sofrimento a nós mesmos.

“Mas então, respondeu Rabi Shimon, vocês não teriam cumprido a mitsvá por ela mesma.”

* (Do Midrash Rabbah, Vayicrá 34:12).
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