Há alguns anos, o fato de eu desconhecer o significado de uma palavra (Mandala) levou-me a pesquisá-la.
Mandala é uma palavra sânscrita e significa círculo.
Caracterizadas por um centro, simetria e pontos cardeais, as mandalas as são imagens circulares desenhadas, pintadas, modeladas, ou dançadas e, eventualmente, sonhadas.
A mandala mais simples consiste em um círculo com um ponto no centro. Para os egípcios, isto simbolizava o Sol vivificante e o universo.
A maioria dos desenhos e das pinturas se caracteriza pelo círculo com uma cruz. Também se utilizam círculos inscritos em círculos, triângulos e quadrados. Belas cores são usadas harmoniosamente.
Desenhos de mandalas têm existido em todas as regiões e entre todos os povos, desde tempos imemoriais.
A mandala é um símbolo universal e essencial de integração, harmonia e transformação.
A integração de devoção, conhecimento e beleza, é um aspecto importante da mandala, que lhe permite transmitir um ensinamento às pessoas receptivas.
O princípio da mandala está situado em seu centro, de onde emana a energia criadora de formas.
O centro esotérico é sempre eterno e a energia se mantém por transformação.
O centro é supremo; ocupa a posição mais interior da figura concêntrica (que se irradia para fora).
A Lei do Centro é um princípio básico da natureza. O centro é uma fonte de poder e energia, sabedoria e vida, continuamente irradiando sua energia e, além disso, continuamente se renovando!
A Lei do Centro é uma constante nas mandalas. O centro é o começo da mandala, como origem, princípio de todas as formas e todos os processos.
Tudo tem um centro; toda vida, todas as diversidades emanam de um centro. Qualquer que seja o caminho seguido, ele sempre leva de volta ao eterno centro. O centro do ser de cada homem é o mesmo centro da mandala.
Há, verdadeiramente, um único centro, de que toda a vida recebe sua energia (qualquer que seja a variedade de manifestações exteriores).
Observam-se mandalas por toda parte, na natureza: na célula, no olho, no fungo da Penicilina, na cristalografia — flocos de neve, gelo, cristais minerais — no corte de uma árvore ou de um galho, na teia da aranha, em padrões como o do retículo cristalino do tungstênio e o padrão de difração de raios X do berílio, no corpo humano, e no universo.
Muitas coisas feitas pelo homem representam mandalas. Por todo o mundo, estruturas sagradas têm este principio em comum, a exemplo de pirâmides, templos, mesquitas, pagodes, kivas e stupas.
As tendas dos índios norte-americanos são circulares e, numa aldeia, estão dispostas em círculo.
Outros bons exemplos são as pinturas indígenas com areia, mapas astrológicos, e as janelas em forma de rosa, com vidro colorido, das catedrais góticas.
Os ciclos de toda vida são reunidos em padrões concêntricos. O homem pode ser considerado como o microcosmo, com o fluxo de energia passando pela “mente” inerente a cada centro psíquico.
Agora, você pode realmente começar a pensar neste assunto; basta que dê rédeas soltas ao seu subconsciente.
Desenhe mandalas! Represente seu Eu, a história de sua vida, usando simbolismo, cores, círculos concêntricos (representando estágios de desenvolvimento da consciência). Pense nas inúmeras possibilidades! A mandala é infinita!
Permita-me contar-lhe um sonho que tive. Ouvi uma voz masculina exclamar: “um átomo explodiu”. Olhei então para o céu e vi uma bela mandala dourada; sua beleza e seu influxo encheram meu coração de intenso júbilo. Quando acordei, desenhei a mandala.
Assim como no interior, é no exterior.
A Suprema Energia, sempre se irradiando do centro, é refletida na vida criativa, exterior, do homem.
Esse poder se infundirá no ser do homem, tão abundantemente quanto ele o permita.
O indivíduo está concedendo sua permissão, conscientemente, deliberadamente, quando se harmoniza com o centro e roga a essa Luz que inunde o seu ser.
Existem muitos exercícios com o uso da mandala para expandirmos nossa consciência, tanto para o exterior, como para o interior.
“Medita, em serenidade, e apercebe-te de que EU SOU DEUS!”
A aventura da mandala conduz a uma nova experiência de júbilo e auto percepção.
A mandala é a linguagem universal que unifica os povos numa só fraternidade!
por Loretta C. Williams, F.R.C.
Revista: O Rosacruz, agosto, 1978
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