busca 2A experiência nos torna capazes de apreciar as coisas que antes não podíamos ver, porque estávamos ocupadas demais olhando para fora de nós. Enquanto não habitarmos a Totalidade do nosso ser, continuaremos procurando a completude no outro; e continuaremos insatisfeitos.

Aprendamos então, a dividir nossa atenção para nosso mundo interior e para o mundo exterior. Estejamos atentos ao que se passa em nossa mente, naqueles pensamentos indesejáveis que de repente surgem. Questionemos, de onde eles vêm? Qual é nosso aprendizado diante dessa situação?

O mesmo vale para o nosso corpo, vamos conhecê-lo melhor. Diante de um momento difícil, vamos perguntar ao nosso corpo onde se encontra essa tensão. Muitas vezes esses pensamentos e a energia que ele acarreta, não são nossos. Sem percebemos acabamos carregando problemas de outras pessoas; e só os trazemos conosco porque não podemos resolvê-los.

Temos que resgatar nosso ser, buscar a nossa essência. Isso é uma tarefa difícil, pois somos condicionados a usar máscaras em nosso dia a dia, e por vezes acabamos perdendo um pouco de nossa identidade pelo caminho. Percebemos que nossos sentidos não são tão aguçados. Estamos ligados no piloto automático. Vamos ao trabalho, nos alimentamos, conversamos, passeamos, relaxamos, sem sair do automático. Contudo, deixamos de SENTIR o que está em nossa volta. E mais, deixamos de nos sentir, de nos perceber.

Mas, se quisermos, podemos mudar essa situação. Para conhecer melhor a si mesmo, é preciso antes de qualquer coisa CORAGEM.

Sejamos sinceros com nós mesmos. Vejamos quem somos! Estejamos preparados para ouvir o que estejamos precisando ouvir, e não somente o que queremos ouvir. Para que isto ocorra, muitas vezes precisamos disponibilizar o coração, isto quer dizer: “ouvir com o coração e não somente com os ouvidos”.

Observador somos nós quando observamos nossa mente. Observada é a nossa mente sendo estudada por nós mesmo. Nunca se esqueça de você mesmos.

Como diz o mestre Arsênio: – “Esvazia, pois o teu barco e parte.

Parte, porque nesta busca de ti mesmo saberás o que ainda não sabes, pois é além do horizonte vulgar que a tua grande aventura começa…”

filipeta