Declaração aprovada pela I Conferência Internacional dos Povos Indígenas,  em 1975…

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Nos Povos Indígenas do mundo, unidos neste canto de Nossa Mãe Terra, em grande assembleia de homens de saber, declaramos a todas as nações:

    Glorificamos nosso honroso passado: quando a terra era a mãe que nos alimentava, quando o céu noturno era nosso teto comum, quando o Sol e a Lua eram nossos pais, quando todos éramos irmãos e irmãs, quando nossas grandes civilizações cresciam, sob o sol, quando nossos chefes e anciãos eram grandes líderes, quando a justiça ditava as regras da Lei e sua execução.

    Então, os outros povos chegaram: sedentos de sangue, de ouro, sedentos da terra e de toda sua riqueza, carregando a cruz e a espada, uma em cada mão, sem saber ou esperar para aprender os caminhos de nossos mundos, consideraram-nos como sendo menos que animais, roubaram nossas terras e delas nos arrancaram, e tornaram escravos os Filhos do Sol.

    No entanto, nunca foram capazes de nos eliminar nem de apagar de nossas memórias aquilo que fomos, porque somos a cultura da terra e do céu, somos de antiga linhagem e somos milhões, e embora todo nosso universo possa ser dizimado, nosso povo ainda viverá por mais tempo ainda do que o reino da morte. 

    Agora, viemos dos quatro cantos da terra, protestamos diante do concerto das nações, que “somos os Povos Indígenas, nós, os que temos consciência da cultura e de tudo.

    O que diz respeito ao povo, dos limites das fronteiras de cada país, e marginais à cidadania de cada país”.

    E levantando-nos, depois de séculos de opressão, evocando a grandeza de nossos ancestrais, em memória de nossos mártires indígenas, e em homenagem ao Conselho de nossos sábios anciãos.

Prometemos solenemente retomar o controle de nosso próprio destino e recuperar nossa completa humanidade e orgulho de sermos Povos Indígenas.

 

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