Hernâni Guimarães Andrade
(31 de maio de 1913, Araguari, MG  – 25 de abril de 2003, Bauru, SP)
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hernaniO Prof. Hernâni Guimarães Andrade é mundialmente considerado um dos maiores pesquisadores científicos na área da parapsicologia, psicobiofísica, transcomunicação instrumental (TCI, comunicação com mentes extra-corpóreas através de aparelhos eletrônicos) e de outros tantos assuntos muitas vezes considerados tabus pelos cientistas acadêmicos.
Nasceu em Minas Gerais, no dia 31 de Maio de 1913, no Município de Araguarí, bem dentro do chamado Triângulo Mineiro.Menino ainda mudou-se para São Paulo onde, em 1941, formou-se  Engenheiro Civil pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo – USP.

Com toda convicção possível, ele adotou para si, a religião espírita, da qual foi um dos seus mais ardorosos defensores.

Extremamente simpático, acessível e comunicativo o Prof.Hernani foi um pesquisador metódico e rigoroso, tendo obtido reconhecimento no meio científico com o resultado prático de seus trabalhos. 

Em 1958 publicou um dos destaques de toda a sua obra: a Teoria do Modelo Organizador Biológico, falando da natureza do Espírito e do corpo bioenergético.
 
Em 1963, fundou o Instituto Brasileiro de Pesquisas Psicobiofísicas.Lá, construiu uma série de aparelhagens para pesquisar e demonstrar a sobrevivência do espírito. Trabalhou em inúmeros casos sugestivos de reencarnação e de Poltergeist, desenvolvendo uma série de aparelhagens ligadas à transcomunicação, isto com todo o cuidado exigido pela investigação científica moderna. Foi sempre um pesquisador de ponta, mostrando com simplicidade e serenidade a realidade dos fenômenos psicobiofísicos.

chheUm dos destaques de sua obra é a TEORIA DO MODELO ORGANIZADOR BIOLÓGICO, publicada em 1958, acerca da natureza do Espírito e do Perispírito. Construiu uma série de aparelhagens para pesquisar e demonstrar a sobrevivência do espírito. Foi o primeiro a trabalhar pessoalmente em inúmeros casos sugestivos de reencarnação e de Poltergeist, desenvolvendo igualmente artigos e aparelhagens ligadas à transcomunicação, com linguagem e formato na excelência científica. Foi sempre um divulgador das novidades mundiais de pesquisa de ponta, mostrando com simplicidade e serenidade a realidade dos fenômenos psicobiofísicos e incentivou o quanto pode a criação de outros Institutos de Pesquisas no Brasil. 

Espírita convicto, conhecido por sua simpatia e humildade, Dr.Hernâni foi também um pesquisador metódico e rigoroso, tendo obtido reconhecimento no meio científico com o produto de seus trabalhos, nacional e internacionalmente.

Entre muitos prêmios, recebeu o “Diplôme de MEDAILLE D’OR”, concedido pelo Conselho Superior da “ORDRE DE L’ÉTOILE CIVIQUE”, “Union des Elites Françaises”, fundada em 1929 e consagrada pela Academia Francesa, em reconhecimento pelos trabalhos científicos no campo da Parapsicologia. 

Tem 17 livros publicados, entre eles: “Psi-Quântico”, “Transcomunicação Instrumental”,  “Matéria Psi”…

Fez sua transição no dia 25 de abril de 2003, no Município de Bauru, onde vivia.

Uma coisa é certa, o Prof Hernani  plantou bases sólidas para o desenvolvimento de uma pesquisa realmente científica acerca da natureza do Espírito.

Principais obras do Dr. Hernani:
1) A Teoria Corpuscular do Espírito (Uma Extensão dos Conceitos Quânticos e Atômicos à Idéia do Espírito), 1a. edição, 1958; Edição do Autor. 
2) Novos Rumos à Experimentação Espirítica, 1a. edição, 1960; Edição do Autor. 
3) Parapsicologia Experimental, 1a. edição, 1967; Editora Pensamento , São Paulo, SP. 
4) A Matéria Psi, 1a. edição, 1972, Casa Editora O Clarim, Matão ¾ SP. 
5) Morte, Renascimento Evolução: (Uma Biologia Transcendental) 1a. edição, 1983; Editora Pensamento, São Paulo, SP. 
6) Muerte, Renacimiento, Evolución: (Una Biología Transcendental) 1a. edição, 1993, Ediciones CIMA, Apartado 3425 ¾ Caracas (1010) ¾ Venezuela (em espanhol). 
7) Espírito, Perispírito e Alma: (Ensaio Sobre o Modelo Organizador Biológico) 1a. edição, 1984, Editora Pensamento, São Paulo, SP. 
8) Psi Quântico (Uma Extensão dos Conceitos Quânticos e Atômicos à Idéia do Espírito) 1a. edição, 1986: Editora Pensamento, São Paulo, SP. 
9) Reencarnação no Brasil (Oito Casos que Sugerem Renascimento) 1a. edição, 1988, Casa Editora O Clarim, Matão, SP. 
10) Ocho Casos de Reencarnación, 1a. edição, 1994 ¾ Editora Rivail, Apto. 18847, Santafé de Bogotá, D.C. – Colômbia (em espanhol). 
11) Poltergeist (Algumas de Suas Ocorrências no Brasil), 1a. edição 1989 ¾ Editora Pensamento, São Paulo, SP. 
12) Transcomunicação Instrumental – TCI (pseudônimo Karl W. Goldstein) ¾ 1a. edição, 1992, Editora Jornalística FE., Coleção Folha Espírita; v.1, São Paulo, SP. 
13) Renasceu por Amor ¾ (Um Caso que Sugere Reencarnação ¾ Kilden & Jonathan) – 1a. e 2a. edição, 1995, 3a. edição 2000, Editora Jornalística FE., (monografia n.7). 
14) A Transcomunicação Através dos Tempos ¾ 1a. edição, 1997, Editora Jornalística FE., Coleção Folha Espírita, São Paulo, SP. 
15) Morte: Uma Luz no Fim do Túnel ¾ 1a. edição, 1999, Editora Jornalística FE, São Paulo, SP. Psi Quântico (Uma Extensão dos Conceitos Quânticos e Atômicos à Idéia do Espírito) ¾ 1a. reedição, 2001, Casa Editora Espírita “Pierre-Paul Didier”, Votuporanga, SP 
16) Parapsicologia ¾ Uma Visão Panorâmica 2002, Editora Jornalística FE, São Paulo, SP 
17) Você e a Reencarnação ¾ 1a. edição, 2002, CEAC Editora, Bauru, SP.

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Um Caso de Exorcismo

    Autor:  Hernani Guimarães Andrade

imageSM8Em agosto de 1973, foi comunicado ao Instituto Brasileiro de Pesquisas Psicobiofísicas – IBPP – um caso singular de poltergeist. O comunicante foi um sacerdote da Igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em São Paulo. Conhecemos este sacerdote há muitos anos. Trata-se de pessoa culta, inteligente e idônea. Entre suas atividades, ele pratica o exorcismo, para o que possui excepcional dom inato, tendo dado inúmeras provas de suas faculdades. 

O relato a nós fornecido é o seguinte:

Certa noite, o referido sacerdote foi acordado pelo administrador da Irmandade. Este fora despertado por insistentes batidas na porta da igreja. Ao descer para atender a pessoa que o procurava, o sacerdote deparou-se com um cidadão transtornado, de pijama e descalço. Este agarrou-se ao sacerdote e solicitou-lhe que fosse à sua casa, sem demora, pois lá estava se manifestando um caso de assombração!

O sacerdote procurou acalmá-lo, visando primeiro inteirar-se a respeito do que se passava realmente. Pediu ao homem para contar-lhe mais detalhadamente o que estava acontecendo em sua casa. A resposta foi a seguinte: “Desde a meia-noite, estão atirando tijolos nas paredes da sala de visitas…”

Antes que ele concluísse a sua narração, o sacerdote recomendou-lhe que chamasse a polícia. Aí o homem completou aflito: “Não vai resolver, pois a sala está completamente fechada, as janelas e as portas da casa estão trancadas, mas os tijolos aparecem lá dentro, batem nas paredes e caem espatifados no chão, Eu apanhei alguns pedaços e são os mesmos tijolos. Ajude-me pelo amor de Deus!”

O homem falava sinceramente, manifestando grande pavor e aflição. O sacerdote ainda quis demovê-lo da ideia de exorcizar a sua casa àquelas horas (eram quatro da madrugada). Prometeu que iria a sua residência assim que raiasse o dia. Mas o homem insistiu, disse que não voltaria para a casa sem o sacerdote, afirmando ficar ali na igreja o resto da madrugada e ir, pela manhã, junto com o sacerdote para resolver o caso. Diante da insistência, ele resolveu vestir-se, e foi ver o que se passava realmente. O homem morava na Vila das Mercês, e viera de lá a pé.

O sacerdote conta que, ao chegarem, encontrou no portão da casa a esposa e a filha do cidadão, ambas de camisola e tiritando de frio. Entraram, e realmente ele viu inúmeros pedaços de tijolos espalhados pelo chão da sala. Nas paredes viam-se marcas do impacto dos tijolos. Sendo um sensitivo bem treinado, o sacerdote sentiu arrepios característicos da presença de forças sutis que perpassavam pelo ambiente. Então, imediatamente iniciou as orações exorcistas e aguardou os acontecimentos.

Passaram-se longos minutos de expectativa, sem que acontecesse qualquer fenômeno. Finalmente, os fenômenos se reiniciaram, e os tijolos começaram a surgir e a espatifar-se contra as paredes. Após três ou quatro impactos, o sacerdote aprofundou as orações e, de acordo com o ritual exorcista, ordenou que o causador dos distúrbios se manifestasse. Em menos de um minuto, as tijoladas cessaram, o próprio dono da casa entrou em transe e começou a falar: “Eu sou o espírito Maria Luiza. Não poderia descansar em paz se não voltasse para dizer-lhes que a minha verdadeira mãe, aquela que me gerou, não está morta como vocês pensam. Ela está internada em um sanatório psiquiátrico no Estado do Rio de Janeiro, cidade tal, e registrada sob número tal, qualificada como de origem ignorada. Não fiquem tristes, porque vocês sempre me amaram como uma verdadeira filha e ainda os estimo como meus verdadeiros pais. Agora posso descansar em paz. Adeus e que Jesus os recompense; cuide bem da minha irmã Maria Antônia”.

Logo após, o referido senhor saiu do transe e perguntou o que estava acontecendo. Nisso, ele viu sua outra filha abraçada à sua esposa, chorando e dizendo: “Não, não, vocês são os meus verdadeiros pais”.

O sacerdote, a essa altura, já não estava entendendo mais nada. Foi preciso que o dono da casa, após ter sido cientificado do ocorrido, esclarecesse aquele drama: “Padre, uma das minhas irmãs teve a infelicidade de ser seduzida por um mau indivíduo. Após engravidá-la, abandonou-a. Como resultado, ela se desequilibrou totalmente e teve de ser internada em um sanatório psiquiátrico. Nasceram-lhe duas gêmeas: Maria Luiza e Maria Antônia. Como não tínhamos filhos, resolvemos registrar as crianças como nossas filhas.”

“Maria Luiza faleceu há três meses atrás. Minha irmã permaneceu oito anos sendo internada periodicamente em vários hospitais. Do último em que se encontrava, ela fugiu. Foram empreendidos intensos esforços e enumeras buscas para encontrá-la. Finalmente, não conseguindo mais localizar o seu próprio paradeiro, concluímos que provavelmente ela teria morrido. Muito tempo já se passou, pois a Maria Luiza – que faleceu há três meses – e a Maria Antônia já fizeram 16 anos.”

Todos estavam comovidos e choravam diante do que acabava de ser revelado pelo espírito Maria Luiza: aquele senhor e sua esposa eram, na realidade, os tios das gêmeas, fato que as garotas ignoravam totalmente. A verdade só foi revelada após a morte de uma delas. Paralelamente, o casal também ignorava que a mãe das meninas ainda estivesse viva.

O referido senhor procurou investigar a exatidão das informações fornecidas pelo espírito. Foi à Baixada Fluminense e, na cidade indicada, encontrou o hospital mencionado na comunicação. Uma vez ali, deu o número fornecido pelo espírito, e na ficha do arquivo realmente constava: “Origem e qualificações ignoradas”. Após falar com o diretor, foi -lhe permitido avistar-se com a paciente. Para seu espanto, reconheceu a irmã que fora dada como falecida e que, no entanto, se achava internada há mais de sete anos! Infelizmente, ela estava totalmente alienada e sem esperança de cura mental.

Esse caso é um fato verídico, cujos elementos comprobatórios foram-nos comunicados pelo sacerdote, pessoa de absoluta idoneidade. Apenas ocultamos os nomes dos protagonistas e os das meninas são pseudônimos. Agora, vamos à análise do caso.

Trata-se de um fenômeno típico denominado popularmente poltergeist. Vocábulo, este, de origem alemã e que significa “Espírito barulhento, desordeiro etc…”

A parapsicologia ortodoxa não aceita a interpretação embutida na palavra poltergeist. A maioria dos parapsicólogos nega qualquer possibilidade da ação de espíritos sugerida na conotação espiritualista contida na denominação desse fenômeno. Prefere a sigla RSPK (do inglês: Recurrent Spontaneous Psychokinesis), ou seja: “psicocinesia espontânea recorrente”. Em outras palavras, eles adotam uma posição materialista reducionista, isto é, atribuem os fenômenos de poltergeist à ação psicocinética de uma pessoa viva presente no local dos fenômenos. Essa pessoa acionaria inconscientemente os objetos, devido às suas faculdades paranormais psicocinéticas. Não aceitam a intervenção de agentes incorpóreos espirituais. A essa pessoa assim dotada e inconscientemente causadora dos fenômenos de poltergeist, dão o nome de epicentro.

De acordo com o posicionamento reducionista dos parapsicólogos, no episódio que acabamos de relatar, o da casa teria sido epicentro do fenômeno, pois o arremesso dos tijolos havia cessado enquanto ele esteve fora à procura do sacerdote. O poltergeist voltou à atividade novamente quando ele retornou à sala. Além disso, o referido senhor caiu em transe quando o exorcista ordenou que o “causador” dos fenômenos se manifestasse.

O estranho de tudo isso é o fato de, em lugar do “inconsciente” do epicentro se manifestar dizendo: “quem está aqui sou eu, o inconsciente do sr. Fulano de tal (o dono da casa)”, ele disse que era a finada Maria Luiza, justamente a gêmea falecida! Além disso, o “suposto inconsciente”, que se identificou como sendo o espírito Maria Luiza, sabia que a irmã do dono da casa ainda estava viva, e indicou o local onde ela poderia ser encontrada, fornecendo o nome da cidade, do hospital psiquiátrico, número e qualificação da interna! Coisas que o “consciente” do epicentro ignorava totalmente.

É verdade que não falta imaginação aos parapsicólogos reducionistas para criar as mais engenhosas teorias e assim enquadrarem tais fatos dentro dos estreitos limites de suas “crenças racionais”. Todavia, diante dos fatos, preferimos aceitá-los como eles são. Desse modo, ousamos propor uma tese que, igual direito, inclui a existência do espírito imortal, a sobrevivência da personalidade após a morte do corpo físico, e a possibilidade da comunicação do morto com o vivo.

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