Havia um rei de monstruoso nariz: por isso, jamais permitira que o pintassem. Mas na velhice aceitou a tradição de que deveria deixar um retrato na galeria real.
Enviou arautos pelo Reino: quem pintasse um retrato de seu agrado, receberia vultuoso prêmio. E quem lhe desagradasse seria enforcado. Três pintores se apresentaram.
O primeiro pintou fielmente o rei, mas quando este viu o nariz deformado na tela, se enfureceu e o mandou enforcar.
O segundo artista, atemorizado, pintou-o com formoso nariz. O Monarca se sentiu ridicularizado e também o mandou enforcar.
O terceiro, sabendo da predileção do rei pelo arqueirismo, o retratou segurando um arco, com a mão que retesava a flecha lhe tapando o nariz.
Ao ver o quadro, o Rei sorriu satisfeito e o recompensou generosamente.
Sábio é o que não cai nos extremos de hipocrisia e de franqueza simplória. Ele contorna aspectos negativos de somenos e estimula sinceramente o que há de bom.
A sinceridade idiota lembra uma história oriental, de um homem que se dirigiu a um juiz caô-lho: “Bom dia, Juiz cego!” e este redarguiu: “Meu filho, mais sábio seria cumprimentar-me como juiz, omitindo a evidência de zarôlho, que o faz parecer agressivo e tosco”.
Uma vivência que vem comovendo pessoas interessadas no Despertar de seu Cristo Interno
Em áudio digital, na voz de Arsenio Hypolito Junior
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