urban 1A história de Urbano Grandier aconteceu quando reinava o terrível Cardeal de Richilieu.

Na província de Loudoun, um havia um eclesiástico notável e de grande caráter; tinha ciência e talento mas pouca circunspecção. Richilieu o via como perigo em potencial, um possível sectário. O protestantismo sacudia a França e o cura Grandier, por demais disposto às idéias novas e pouco devotado ao celibato, podia tornar-se um pregador mais brilhante e mais audacioso que Calvino e Lutero. As religiosas ursulinas de Loudun tinham por superiora, sob o nome de mãe Joana dos Anjos, uma certa Joana de Belfiel.

photomania-8be81b7eabb4549c6cb248758961aae5Não era uma religiosa fervorosa e seu convento tinha fama de não ser dos mais regulares: passavam-se lá cenas noturnas que se atribuíam aos espíritos. Os pais começavam a retirar as pensionistas e a casa ia fechar em pouco tempo. Grandier tinha casos amorosos e rumorosos. As pensionistas ursulinas ouviam falar deles …e ficavam preocupadas com o personagem escandaloso. Elas o viram durante a noite aparecer nos dormitórios com atitudes conforme o que se dizia de seus costumes. As freiras julgaram-se obsedadas: eis o diabo em casa. As diretoras dessas moças, inimigas mortais de Grandier, viram que podiam tirar partido da situação no interesse de seu rancor e no interesse do convento. Fizeram-se exorcismos; primeiro em segredo depois, em público.

 

padre 2Os amigos de Grandier sentiam que se tramava alguma coisa e insistiam com o cura a deixar Loudun…

Mas Grandier era um homem valente, não sabia o que era ceder à calúnia. Ficou e foi preso uma manhã quando entrava numa igreja vestido com seus hábitos sacerdotais. Foi tratado como criminoso de Estado. Seus papéis foram apreendidos, seus móveis selados e ele mesmo conduzido debaixo de vara à fortaleza de Angers.

Durante este tempo lhe preparavam, em Loudun, um cárcere que parecia feito mais para uma fera do que para um homem.

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Loucos Furiosos

preso 22Se a conduta do cura fora a de um mundano, a atitude de Grandier, prisioneiro e acusado de magia, foi a de um herói e de um mártir. Escreveu à sua mãe:

“Eu suporto minha aflição com paciência e lastimo mais a vossa que a minha. Sinto-me muito incomodado por não ter leito; tratai de mandar-me trazer um porque se o corpo não repousa o espírito sucumbe. Enfim, enviai-me um breviário, uma Bíblia e um Santo Tomás, para minha consolação; quanto ao mais, não vos aflijais, eu espero que Deus mostrará minha inocência…”

Não façamos, entretanto, os homens piores do que eles são… Os inimigos de Grandier não acreditavam em sua inocência… julgavam perserguir um grande culpado. Os fenômenos histéricos eram então mal conhecidos e o sonambulismo, de todo ignorado. As contorções das religiosas, a segunda vista aterradora [clarevidência], tudo isso era de natureza a convencer os menos crédulos.

inqui 2…O sofisma dos exorcistas de Loudun era este absurdo paralogismo que Mirville ousa sustentar ainda hoje [no século XIX]: “O diabo é o autor de todos os fenômenos que não se explicam pelas leis conhecidas da natureza”. A este aforismo antilógico, eles ajuntavam um outro de que faziam artigo de fé: “O diabo devidamente exorcisado é forçado a dizer a verdade e pode-se admití-lo a dar testemunho em juízo”.

Grandier estava entregue a loucos furiosos. …Nunca escândalo semelhante houvera afligido a Igreja: religiosas uivando, torcendo-se, blasfemando. Grandier, calmo, defendeu-se com dignidade. …Três religiosas, em momento lucidez, foram prostar-se em frente ao tribunal gritando que Grandier era inocente; julgou-se que o demônio falava por suas bocas. …Tal foi o “processo Grandier”. Sua morte foi o crime da ignorância e dos preconceitos de seu tempo e foi mais uma catástrofe que um assassinato. Urbano Grandier foi queimado vivo em 18 de agosto de 1634.

O Pacto

Pacto-2Em 1633 o Prior de Loudun, Urbain Grandier, foi o grande vilão apontado no caso das Freiras de Loudun, as freiras apresentavam histeria ou possessão e o padre foi acusado de praticar magia negra e ter relações sexuais com as freiras, o que se tornou um grande escândalo. Mais de sessenta testemunhas fizeram acusações ao padre e mesmo diante de todas as provas o padre dizia ser inocente. Entre os seus pertences que foram revirados, encontraram um pergaminho no qual o Prior o assinava com sangue, esse não era um simples contrato era um pacto selado com dois demônios Asmodeus e Zebulon, no qual foi escrito e assinado com sangue em latim da esquerda para a direita.

Esse pacto estipulava um tempo para o fim do contrato no qual assim que ele morresse sua alma já não o pertenceria. O Prior foi torturado e jurou inocência até o fim quando foi queimado na fogueira. A maioria das testemunhas algum tempo depois das acusações tiveram mortes inexplicáveis. O contrato de Grandier ainda existe e se encontra na Bibliothèque Nationale em Paris.

 

Fonte: http://marcielamendes.blogspot.com.br/

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