imageH7OO néter, deidade ou Arquétipo de Baphomet possui uma origem extremamente controversa e que remonta à Idade Média (mais precisamente no período das Cruzadas Cristãs).

A Ordem dos Cavaleiros do Templo (Templários), era o braço militar dos países europeus na Terra Santa ao lado dos Hospitalários (estes notoriamente com menor projeção). E foi justamente entre estes cruzados da “Palavra de Cristo” é que surgiu o Senhor da luz e trevas Baphomet. 

 

Em 13 de Outubro de 1307, está documentado que os soldados do Rei Filipe da França (o belo) a mando do próprio Papa (naquele período ainda não tinha se Sucedido a laiscização do Estado e por tal religioso e Político fundiam-se em Interesses opressores mutuais) e do rei francês, invadiram a Fortaleza dos Templários e levaram sob custódia seu Grão-Mestre Jacques de Molay e grande parte dos cavaleiros como prisioneiros sob a acusação de veneração do demônio sob a forma de um ícone chamado Baphomet.

A veracidade do facto dos Templários venerarem realmente o demônio sob a imagem de Baphomet é extremamente questionável e incerta. É sabido que desde a criação da Ordem na Primeira Cruzada (em torno de 1095), estes ganharam enorme poder militar, pecuniário e político. 

 

 

Seu poder militar veio graças a criação de um sistema de treinamento severo de seus cavaleiros, aprimoramento de práticas beligerantes antigas, sistema de ingerência rígido e uso de armas de qualidade superior a vista em muitos exércitos.

O poder pecuniário adveio graças a pilhagem de inúmeros bens dos muçulmanos. Com a invasão de suas fortalezas e cidades, controle de rotas por onde passavam caravanas de comerciantes islâmicos.

Sendo uma época baseada num sistema onde o acúmulo de terras (estas em Teoria no nome da Igreja) era sinônimo de poder, os templários ganharam enorme influência política pelo gerenciamento de inúmeras fortalezas na Palestina e outras regiões. Assim como detinham grande parte da massa cristã ao seu lado pelas conquistas e por serem tidos como o “Exército de Jeová na Terra””, o que deu-lhes influência enorme.

Por estes fatores, o papa Clemêncio (ou Clemens como era conhecido) temeu o poder enorme adquirido pelos Templários e que estes pudessem influenciar desfavoravelmente a “Balança de Poder” caso decidissem adquirir independência plena do augúrio papal.  

 

Grão-Mestre Jacques de Molay

Destarte começou este, a instigar os reis contra os templários. Mas instigar a nobreza contra a Ordem não seria nem de longe suficiente para conseguir uma campanha absolutamente bem-sucedida contra os Cavaleiros do Templo. Ainda era preciso o consentimento do povo a partir do descrédito da Ordem perante os moldes crististas fortíssimos da época.

Calcula-se que desta forma foram muito bem plantados boatos e falsas provas de que os templários veneravam um demônio de nome Baphomet e que por tal deveriam ser eliminados em nome de Deus.

Nesta versão, chegamos a conclusão de que Baphomet foi na realidade uma deidade inventada pela igreja (como tantas outras o foram no período da inquisição) para desmerecer e eliminar os cavaleiros templários. 

 

Contudo, existem correntes de historiadores, arqueólogos e estudantes do oculto que afirmam veementemente que realmente os templários teriam cultuado uma entidade de nome Baphomet. E que tal entidade seria em realidade um fusionismo do conceito cristão religioso de Yeshua (Jesus) e Mohammed (uma figura muitíssimo cultuada na antiga terra dos muçulmanos). Tal sincretismo deu-se sem uma percepção consciente por parte dos templários segundo estes estudiosos. Todavia esta entidade cultuada não teria nenhuma correlação com o diabo ou a egrégora infernal, e que tal culto foi apenas um estopim utilizado pela Igreja para caçar os templários.

Como suporte da teoria de que Baphomet era realmente cultuado pelos templários os estudiosos valem-se de um diário dito pertencente à Jacques de Molay (último Grão Mestre da Ordem) onde este registra minuciosamente magias, rituais e liturgias envolvendo tal figura. Assim, como também graças a uma estátua, contida em um cofre, exumada de ruínas de uma antiga fortaleza dos templários no oriente (tal petardo apresentou-se muito bem selado dentro do cofre. Esta estátua apresentou-se como uma figura baphomética análoga dos pontos de vista do Bode de Mendes e ao andrógino do alquimista Khunrath. Esta figura era barbuda, corpo inteiramente feminino, em uma de suas mãos portava o sol e na outra a lua, ambos astros atados por correntes. A imagem segundo os arqueólogos apresentavam conceitos considerados obscenos e, quiçá, diabólicos para época medieval). 

 

Bem, todavia poderíamos considerar que tal diário e tal estátua foram falsas provas inseridas no templo templário por agentes do papa para acusar falsamente os templários e dar suporte à sua teoria inventada de culto ao demônio.

Pois bem, sendo realidade o culto de Baphomet ou não por parte dos templários, esta deidade reinterpretada por alquimistas (como Eliphas Lévi), cultuada por seitas gnósticas (surgidas, principalmente, a partir do século XV), temida por uma massa medieval que acreditava em qualquer disparate papal e, mais recentemente, ressuscitada por satanistas contemporâneos (ligados a filosofia de La Vey) já ganhou força mais do que suficiente para existir.  

 

Sim, existir como egrégora, como força energética influente em processos de magia e impressa na luz astral graças ao inconsciente coletivo.

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