image05SConhecido pela grande maioria como prática para expulsar demônios e relacionado a religiões judaico cristãs, o exorcismo tem uma função muito mais ampla e está presente em quase todas as religiões, especialmente naquelas de cunho xamânico.

Se trocarmos a idéia de demônio pela idéia de mal, percebemos que o exorcismo pode ser mais abrangente e bem menos tendencioso. A importância dessa troca é evitar erros cometidos no passado, quando sob a égide de padrões morais arcaicos praticaram se torturas sob o pretexto de expulsar demônios em pessoas que professavam outra religião diferente da oficial. Na verdade, dependendo da cultura em que é analisado, o exorcismo em nada interfere nas crenças religiosas de um indivíduo.

Para o exorcista, o ser humano é muito mais do que apenas matéria. Dentro do mesmo conceito aceito pela maior parte das religiões, ele entende que cada indivíduo possui basicamente três corpos   o físico, o mental e o espiritual   e que esses três corpos estão sujeitos a se ‘contaminar’ por impurezas quando estão enfraquecidos.

É relativamente fácil entender que uma queda na imunidade física possa trazer uma propensão ao contágio por vírus ou bactérias. A ciência já nos mostrou que criaturas microscópicas podem invadir um corpo e causar perturbações em seu funcionamento normal. Pois bem. Da mesma forma que existem vírus físicos, existem criaturas semelhantes em outras dimensões, capazes de afetar seres humanos, animais, plantas, lugares, etc. 
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Invasores Astrais

Esse tipo de intruso pode ser entidades já falecidas, apegadas à pessoa por laços de amor ou ódio, partes de almas de pessoas vivas ou mortas, entidades do plano astral negativas ou de pouca luz (como obsessores, vampiros elementares, etc.), formas pensamento criadas pela própria pessoa, por familiares ou mesmo por uma coletividade, em função de medos, preconceitos, sentimentos negativos e maldições. E, finalmente, por demônios.

Normalmente, os demônios não são objeto de exorcismo pois permanecem junto a alguém quando são invocados por práticas religiosas negativas ou comportamentos negativos, como nos casos de uso de drogas, álcool, promiscuidade sexual, etc. Nessas condições, existe um consentimento da vítima, de forma consciente ou não, e por isso fica difícil para ela procurar o exorcismo.

São muito conhecidos os demônios sexuais (íncubos e súcubos), que se aproveitam do momento em que a pessoa está dormindo e drenam sua energia e força vital, mantendo relações sexuais com ela. A diferença entre esta experiência e a de um sonho erótico é que o indivíduo tem sensações físicas muito reais e o corpo do demônio parece meio plástico. 
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Quando Recorrer ao Exorcismo?

Do ponto de vista xamânico, qualquer perturbação no comportamento ou funcionamento normal do corpo pode ser tratado com exorcismo. En¬tre as mudanças de comportamento mais graves, podemos citar as que ocorrem no usuário de drogas, que começa a agir diferente quando realmente ancorou um demónio, etapa em que a cura se torna mais difícil. Também existem os casos leves, como o de pessoas que, tendo passado por momentos trágicos, não conseguem sair da depressão, habituando se a atitudes pessimistas. É como se, por estar mantendo uma situação negativa, a pessoa convidasse outros seres do plano astral para estimular sua depressão.

Além das mudanças de comportamento, também existem as perturbações físicas. Para o xamã exorcista, toda doença é causada por um fator espiritual. Quando existe contágio por vírus ou bactéria, além do fator espiritual que enfraquece a imunidade, há outro material. Hoje, a ciência reconhece esses fatores espirituais, os quais chama de psicológicos, e reconhece o apoio das orações, mas ainda resiste ao exorcismo. Na verdade, o exorcismo não pretende curar a doença, mas retirar a interferência negativa, favorecendo a cura.

A prática do exorcismo não é complexa. Complexo é o preparo necessário para executá lo de modo que, ao retirar uma energia negativa, esta não se agarre ao exorcista. Normalmente, o verme astral se fixa num ambiente que lhe é propício.  
O exorcista precisa conhecer e dominar as próprias fraquezas para não oferecer condições de recepção ao verme. Além disso, na prática do exorcismo, é preciso autorização e proteção por parte dos auxiliares espirituais.

Embora a proteção seja mais ou menos evidente, a autorização nem sempre é considerada, mas é imprescindível, pois o curador precisa saber se tem condições de enfrentar a ameaça, se pode interferir na vontade do hospedeiro, ou se existe alguma finalidade educativa naquela experiência.

 Uma das grandes vantagens do exorcismo assim como de outras técnicas xamânicas para a cura como resgate de alma, cura de vidas passadas, etc   é a rapidez de resultados. Por esse motivo, ele existe desde os tempos mais remotos e perdura, apesar de toda a tecnologia nos dias de hoje.

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Por Marilia de Abreu 

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